quarta-feira, 6 de abril de 2011

Aumenta nº de assassinato de homossexuais, diz Grupo Gay da BA




















Slide 23
"O Brasil é o campeão mundial de crimes contra LGBT: um assassinato a cada dois dias, aproximadamente 200 crimes por ano, seguido do México com 35 homicídios e os Estados Unidos com 25.
2007 - 122
homicídios, 2008 - 189 homicídios,
2009 – 200 homicídios, 2010 -260
homocídios.
Houve um acréscimo de 61 % no ano de 2009 comparado à 2007 e
de 31,10% de 2010 em relação à 2009.
Dos 200 assassinatos em 2009; 117 eram gays (59%), 72 travestis (37%) e outras, 9 eram lésbicas (4%). Dados do GGB, Luiz Mott, Folha de SP.

O número de assassinatos de homossexuais registrados no ano passado cresceu 31% em relação a 2009, segundo relatório anual divulgado pelo GGB (Grupo Gay da Bahia). Em cinco anos, o aumento chegou a 113%.

De acordo com o relatório, foram registrados 260 assassinatos de gays, travestis e lésbicas no ano passado, 62 a mais do que em 2009 (198 mortes). Entre as vítimas há 140 gays, 110 travestis e dez lésbicas.

No primeiro trimestre deste ano, já foram registrados 65 homicídios contra homossexuais. O levantamento é feito pelo GGB a partir de notícias impressas e veiculadas na TV e na internet.

"O aumento de 113% de assassinatos nos últimos cinco anos é genocídio. O Brasil tornou-se o epicentro mundial de crimes contra homossexuais", afirmou, em nota, Luiz Mott, fundador do GGB e responsável pelo levantamento.

A Bahia é o Estado com o maior número de casos pelo segundo ano consecutivo (29 homicídios), seguido por Alagoas (24 mortes), Rio de Janeiro e São Paulo (23 mortes cada um). Do total de casos, 43% ocorreram no Nordeste. Segundo o levantamento, a maioria das vítimas tinha entre 20 e 29 anos, sendo que a mais nova tinha 14 anos.

O presidente do GGB, Marcelo Cerqueira, defende diversas medidas para a redução dos crimes contra homossexuais, como a "punição severa" de crimes de homofobia e a adoção de práticas de "sobrevivência" por parte dos homossexuais.

A organização disponibiliza no próprio site um manual contra a violência anti-gay, como evitar levar desconhecidos ou garotos de programa para casa e evitar, se for possível, esconder que é homossexual, a fim de evitar chantagem e extorsão.

MATHEUS MAGENTA
DE SALVADOR
Folha de São Paulo
05/04/2011 - 13h39

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