A diretoria da Associação Brasileira de Estudos da Homocultura (ABEH)
divulgou a primeira versão da programação, as ementas dos eixos
temáticos e a composição da comissão científica do VI Congresso
Internacional de Estudos sobre a Diversidade Sexual e de Gênero da
ABEH, que será realizado nos dias 1º, 2 e 3 de agosto de 2012, na
Universidade Federal da Bahia, em Salvador, Bahia Brasil.
O tema do evento é Memórias, rumos e perspectivas dos estudos sobre a diversidade sexual e de gênero.
As pessoas interessadas em apresentar trabalhos no congresso deverão
enviar os resumos das propostas diretamente para os eixos, através do
sitewww.abeh.ufba.br (novas informações serão postadas no www.abeh.org.br ).
A submissão deverá ocorrer de 1º de fevereiro a 31 de março de 2012.
Confira a programação, as ementas do eixos e quem faz parte da comissão
científica.
PROGRAMA GERAL
1º de agosto de 2012
15h – Credenciamento
17h – Abertura oficial
18h às 20h – Mesa 1 – Apontamentos críticos sobre os estudos da diversidade sexual e de gênero
Conferência de Jack Halberstam (Estados Unidos – confirmado)
20h – Lançamento de livros, programação cultural e confraternização
2 de agosto de 2012
8h30 às 12h – Mesa 2 – Dos pioneiros aos dias atuais: a trajetória e desafios dos estudos sobre a diversidade sexual e de gênero no Brasil
Participantes confirmados: Sérgio Carrara (Universidade do Estado do
Rio de Janeiro), Mário Lugarinho (Universidade de São Paulo), Tânia
Swain (Universidade de Brasília) e Berenice Bento (Universidade Federal
do Rio Grande do Norte).
14h às 16h – Apresentação de trabalhos
16h – Intervalo
16h30 às 18h30 – Apresentação de trabalhos
18h30 às 19h – Apresentação cultural
19h às 21h30 – Mesa 3 – Uma avaliação dos estudos sobre a diversidade sexual e de gênero na América Latina hoje
Participantes confirmados: Mauro Cabral (Argentina) e Antônio
Marquet (México) e Guilherme Almeida (Universidade do Estado do Rio de
Janeiro).
22h – Programação cultural
3 de agosto de 2012
8h30 às 12h – Mesa 4 – Estudos e políticas para a diversidade sexual e de gênero: colaborações e tensões
Participantes confirmados: Ana Cristina Santos (Universidade de
Coimbra – Portugal), Elisabeth Vasquez (Movimento Trans do Equador),
Rafael de la Dehasa (Universidade de Nova York – Estados Unidos) e Luiz
Mello (Universidade Federal de Goiás).
14h às 16h – Apresentação de trabalhos
16h – Intervalo
16h30 às 18h30 – Apresentação de trabalhos
19h – Assembleia geral da Abeh e eleição de nova diretoria
21h – Programação cultural e confraternização de encerramento
Eixos temáticos
Artes
Aceita trabalhos que discutam tradição e contemporaneidade na
representação do homoerotismo; poéticas e estéticas, corporalidades e
sexualidades no cinema, dramaturgia, dança, encenação, artes visuais,
performance, moda e intervenção urbana.
Comunicação
Aceita trabalhos que tratem das relações entre as variadas mídias –
televisão, jornais, revistas, rádio, cinema e internet – e a
diversidade sexual e de gênero, e como essas mídias têm marcado
posições de sujeitos a partir de categorias de diferenciação e da
intersecção entre gênero, sexualidade, raça/cor e outros marcadores
sociais. Também contempla trabalhos que abordem as relações entre os
movimentos sociais, as políticas identitárias e/ou pós-identitárias e a
comunicação.
Educação
Acolhe trabalhos que discutam as questões de diversidade sexual e de
pluralidade de expressões de gênero na sua relação com processos
pedagógicos de múltiplos tipos, em particular as pedagogias de produção
das masculinidades e das feminilidades, assim como as pedagogias de
produção dos corpos e das sexualidades. Estimula-se que os trabalhos
tomem como temáticas as memórias, os rumos, as tensões e as
perspectivas dos movimentos LGBT, das instituições escolares, dos
produtos da mídia, das políticas públicas e das instituições de
formação de professores e professoras. A interface destes temas com
outros movimentos sociais que tomem como questão política as relações
de gênero e a(s) sexualidade(s), no Brasil ou no cenário internacional,
também fazem parte do escopo deste eixo.
Histórias, sociabilidades e etnografias
Reúne trabalhos que reflitam como as práticas e representações sobre
as sexualidades, os corpos e as relações de gênero são vivenciadas nos
processos históricos, contingentes, estruturais e estruturantes. É
considerado de especial interesse o debate sobre interseccionalidades e
articulações entre gênero, raça/etnia, sexualidade, quer seja na
perspectiva local, quer seja nos processos migratórios, quer seja no
mercado do sexo.
Literatura
Acolhe a história da literatura gay no Brasil. Retratos da ficção e
da poesia nos tempos modernos e na atualidade sobre as identidades gays
em histórias, memórias e recepções. Estudos críticos e teóricos que
permitam aferir os paradigmas e as desconstruções entre o estético e os
contextos regentes. Expressões homoculturais latino-americanas,
estadunidenses, na Europa e na região anglo-saxã em textualidades do
literário: diálogos, representações e a cultura queer.
Políticas: convergências/dissidências/ encaixes/desencaixes
Busca tematizar e problematizar dois grandes conjuntos de processos
e questões. O primeiro diz respeito às múltiplas interseções entre
Estado, corpo, identidade e constituição de sujeitos políticos,
cobrindo aspectos tais como: regulação/disciplinamento Vs.
liberdade/autonomia; políticas identitárias/identidades políticas e
governo das diferenças e políticas de gestão da vida; políticas sexuais
como globalidades e localidades; políticas para além do Estado (ou
seja, para além das leis e das instituições formais), estados de
exceção, bem como formações hegemônicas e antagonismos plurais
contemporâneos. O segundo conjunto se refere ao avesso das políticas
sexuais, ou seja, o âmbito das tensões que se desenrolam no interior
das fronteiras da própria política sexual. Esse segundo eixo deve
cobrir temas como: os desencontros e conflitos entre pautas
identitárias, divergências epistemológicas, adesão e dissidência frente
a formação dos discursos políticos (científicos e/ou governamentais)
acerca das sexualidades ou mesmo re-definições nos terrenos da ética,
do reconhecimento ou mesmo da inteligibilidade a partir das prescrições
das sexualidades e dos gêneros e suas contestações.
Religiões
Busca discutir as religiões e as suas relações com a diversidade
sexual e o gênero desde uma perspectiva interdisciplinar e
interreligiosa, através de pesquisas que investiguem de que forma os
discursos e práticas religiosas das instituições religiosas atuam na
compreensão e configuração das identidades e papéis sexuais e de
gênero, bem como a relação entre essas questões e o fenômeno religioso
vivido na realidade brasileira de forma mais ampla. Encoraja-se a
inscrição de trabalhos de tradições religiosas não-cristãs, bem como
estudos que reflitam sobre práticas religiosas construídas a partir de
práticas não-heteronormativas.
Saúde
Acolhe trabalhos sobre saúde, cidadania e direitos sexuais de
LGBTTTI. Políticas públicas e acesso ao sistema de saúde.
Vulnerabilidades, formas de discriminação, violência e modos de vida de
LGBTTTI. Corpos, prazeres, subjetividades e o problema da medicalização
da vida.
Subjetividades
Acolhe trabalhos que explorem articulações entre os registros do
sujeito e da sexualidade, tendo como foco as formas da experiência
subjetiva na contemporaneidade e a investigação das suas condições de
possibilidade e dos seus limites, em especial na medida em que tal
investigação coloque em questão modelos hegemônicos de codificação e
normatização das relações entre sujeito, sexo e verdade. Serão
priorizados trabalhos que tomem como ponto de partida experiências da
diversidade sexual vinculadas à realidade brasileira e suas condições
sócio-históricas.
Direitos
Acolhe trabalhos no campo jurídico e das ciências sociais e
antropologia que tragam reflexões sobre reconhecimento e distribuição
de direitos, estratégias alternativas do alcance dos mesmos em relação
à articulação entre movimentos sociais e Estado, bem como estudos e/ou
relatos de experiências de instituições ligadas à efetivação de
direitos sexuais como, por exemplo, os centros de referência em diretos
humanos voltados à LGBT, entre outras iniciativas.
Comissão científica
André Sidnei Musskopf (Faculdades EST)
Antônio de Pádua (UEPB)
Állex Leilla (UEFS)
Claudia Mayorga (UFMG)
Djalma Thürler (UFBA)
Durval Muniz de Albuquerque Jr. (UFRN)
Eduardo Leal Cunha (UFS)
Emerson Inácio (USP)
Ernani Pinheiro Chaves (UFPA)
Fábio Camargo (UNIMONTES)
Fernando Pocahy (NIGS/UFSC)
Fernando Seffner (UFRGS)
Gisele Nussbaumer (UFBA)
Henrique Caetano Nardi (UFRGS)
Iara Beleli (Unicamp)
Juliana Perucchi (UFJF)
Leandro Colling (UFBA)
Larissa Pelúcio (Unesp)
Laura Moutinho (USP)
Luís Augusto Vasconcelos da Silva (UFBA)
Luis Felipe Rios do Nascimento (UFPE)
Marcelo Tavares Natividade (UFC)
Marco Aurélio Máximo Prado (UFMG)
Maria Thereza Ávila Dantas Coelho (UFBA)
Maurício Bragança (UFF)
Nádia Nogueira
Paula Sandrine Machado (UFRGS)
Paulo César García (UNEB)
Roberto Marques (URCA)
Rogério Diniz Junqueira (MEC/INEP)
Roger Raupp Rios (Ritter dos Reis)
Sandra Duarte de Souza (Universidade Metodista de São Paulo)
Sonia Corrêa (Observatório de Sexualidade e Política)
Suely Messeder (UNEB)
Wiliam Siqueira Peres (Unesp)
Wilton Garcia (UBC)
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