23 de setembro: Dia do Orgulho Bissexual
O Dia da celebração bissexual é observado no dia 23 de
Setembro por membros da comunidade Bissexual e seus aliados.
Este dia é uma chamada às pessoas bissexuais e suas famílias, amigos e
aliados para reconhecer e celebrar a bissexualidade, a história
bissexual, a comunidade Bissexual e a cultura, e a pessoa
bissexual em suas vidas.
Primeiro observado em 1999[7][8],
o Dia da celebração bissexual é a criação de três ativistas
dos direitos
bissexuais dos Estados Unidos — Wendy Curry
do Maine, Michael
Page da Flórida,
e Gigi Raven Wilbur do Texas. Wilbur disse,
“
|
Depois
da rebelião de Stonewall, a comunidade gay e
lésbica cresceu em força e visibilidade. A comunidade bissexual também
cresceu na força mas de muitos modos somos ainda invisíveis. Também fui
condicionado pela sociedade para tachar automaticamente um casal que anda de
mãos dadas como hetero ou gay, dependendo do gênero percebido de cada pessoa.
|
”
|
Esta celebração de bissexualidade especialmente, ao contrário dos eventos LGBT gerais, foi
concebida como uma resposta ao preconceito e a marginalização das pessoas bissexuais
por alguns tanto nas comunidades hetero
e grandes comunidades LGBT.
No seu primeiro ano, uma observância foi mantida durante a Associação Internacional de
Gays e Lésbicas, que ocorreu durante a semana do 23o. Enquanto no início o
feriado só passou em áreas com uma presença bissexual extremamente forte, ele
agora presencia eventos como discussões, festas de jantar e danças em Toronto e um
grande baile de máscaras em Queensland, Austrália.
Na Universidade A&M
do Texas, a semana apresentou painéis de discussão e sessões de
pergunta-e-resposta A Universidade de Princeton celebra este dia cada ano
fazendo uma festa no seu Centro LGBT. O destaque da festa são biscoitos de
açúcar deliciosos em forma da imagem da bandeira do Orgulho Bissexual. Também
tem sido celebrado na Alemanha, Japão, Nova Zelândia, Suécia e Reino Unido.
Bandeira do orgulho bissexual
A bandeira do orgulho bissexual
foi desenhada por Michael Page em 1998 para dar à comunidade bissexual o seu
próprio símbolo comparável com a bandeira do orgulho gay da maior comunidade
LGBT. O seu objetivo era aumentar a visibilidade dos bissexuais, tanto entre a
sociedade no conjunto como dentro da comunidade LGBT.
A faixa magenta (cor de rosa) em cima da bandeira representa a
atração sexual ao mesmo sexo somente (gay e lésbico); a faixa azul real no fundo da bandeira
representa a atração sexual ao sexo oposto somente (indivíduo heterossexual);
as faixas ficam sobrepostas no centro em quinto lugar da bandeira para formar
uma sombra profunda da lavanda (purpúra), que representa
a atração sexual a ambos os sexos (bissexuais).
A proporção de aspecto da bandeira não é fixada mas 3:2 e 5:3 muitas vezes são
usados, em comum com a maior parte de outras bandeiras.
Bissexualidade
Embora, teoricamente, por se apresentar também nela
uma faceta de heterossexualidade, no sentido da atracção por indivíduos do sexo
oposto, segundo o olhar de homossexuais exclusivos, a bissexualidade pode
parecer mais facilmente aceita. A verdade é que em geral, há incidências
específicas de preconceito contra pessoas bissexuais partindo tanto de certos
homossexuais quanto de heterossexuais. Por exemplo, a percepção das pessoas
bissexuais como a ponte que trouxe a AIDS dos homossexuais para os
heterossexuais, pode ser considerada com uma demonstração de bifobia. Outra
face da bifobia se dá quando certos homossexuais consideram a bissexualidade
pouco mais que um meio-termo confortável entre a heterossexualidade
estabelecida e a identidade homossexual pela qual lutam por estabelecer. Além
disso pessoas bissexuais podem ser alvo tanto de homofobia (por parte de alguns
heterossexuais) quanto de heterofobia (por parte de alguns homossexuais). Nos
dias de hoje têm sido comum também o uso do termo queer na denominação
tanto de pessoas bissexuais como homossexuais numa tentativa de fugir do
dualismo e subcategorização humana, englobando num único termo as pessoas que
possuem uma orientação sexual divergente da heterossexualidade dominante.
No entanto, em termos históricos mais amplos, o comportamento bissexual foi
aceito e até encorajado em determinadas sociedades antigas, especificamente,
entre outras, na Grécia, e em determinadas nações do oriente Médio.
Relatórios Kinsey
Em termos de estudos quanto à Bissexualidade, sublinha-se em
notoriedade e importância para estudos posteriores do assunto os Estudos
de Kinsey, publicados em 1948 e 1953,
quanto a um estudo cujas conclusões afirmavam, entre outras constatações, que
grande parte da população norte-americana tinha algumas tendências bissexuais
de intensidade variante. Embora algo criticados, em particular quanto à
selecção dos indivíduos a quem se aplicaram os inquéritos correspondentes ao
estudo, estes vieram a tornar-se uma referência notória no que toca a estudos
da sexualidade, e apresentou pela primeira vez a noção de que a bissexualidade
é, possivelmente, muito mais comum do que se pensa, mantendo-se por isso também
importante em campos teóricos - em particular pela noção apresentada da
sexualidade humana ser composta não por duas alternativas únicas, a
heterossexualidade e a homossexualidade, mas por um espectro de interesse e
comportamento sexual, que tem as duas como extremos.
Bifobia
Bifobia é um termo usado para descrever o medo de,
aversão à, ou discriminação contra bissexualidade
ou pessoa LGBT que é
bissexual ou percebe ser bissexual. Também pode significar o ódio, a
hostilidade, desaprovação de, ou preconceito contra a pessoa LGBT,
comportamento sexual, ou culturas. Bifóbico é a forma adjetiva deste termo
usado para descrever as qualidades dessas características enquanto o menos
comum biofóbo é a forma de substantivo dada como um título para indivíduos com
características "bifóbicas".
Bifobia é um termo usado para descrever o medo de,
aversão à, ou discriminação contra bissexualidade
ou pessoa LGBT que é
bissexual ou percebe ser bissexual. Também pode significar o ódio, a
hostilidade, desaprovação de, ou preconceito contra a pessoa LGBT,
comportamento sexual, ou culturas. Bifóbico é a forma adjetiva deste termo
usado para descrever as qualidades dessas características enquanto o menos
comum biofóbo é a forma de substantivo dada como um título para indivíduos com
características "bifóbicas".
Estereótipos bissexuais
Os estereótipos bissexuais incluem, mas não
são limitados à: promiscuidade, poligamia, viver trocando de parceiros, ou ser
"confuso" ou "ganancioso" ou "pervertido". Em
alguns casos, os bissexuais são acusados de trazer doenças sexualmente
transmissíveis à comunidade heterossexual ou na comunidade LGBT. Um estereótipo
relacionado é aquele no qual se supõe que uma pessoa bissexual está disposta a
fazer o sexo com qualquer um. Este estereótipo leva à atenção não desejada de
uma natureza sexual dirigida às mulheres
bissexuais, muitas vezes estereotipando homens bissexuais com andarem com
riscos de AIDS.
Muitas vezes, contudo, os indivíduos
heterossexuais acrescentarão mais estereótipos baseados na homofobia. Os
Homofóbicos muitas vezes pensam que os bissexuais são um gênero não conformado.
A pessoa homossexual verá às vezes os bissexuais como mantenedor de privilégio
e colaborador contra os homofóbicos simultaneamente ajudando-se de
oportunidades em
comunidades LBGT. Alguns consideram a crença
que a pessoa é heterosexual ou o homossexual, e assim que bissexualidade não
existe realmente, para alguém ser bifóbico.
Um estudo de 2002 disse que uma amostra de
homens que auto se identificam como bissexual não respondeu igualmente ao
material pornográfico que implica só homens, e à pornografia que implica só
mulheres, mas em vez disso mostrou a quatro vezes mais excitação a um do que o
outro. Contudo, bissexualidade não contém a atração igual em direção a ambos os
gêneros. Além do mais, os oponentes afirmam que a excitação genital ao material
pornográfico homossexual não é um bom indicador da orientação. Eles também
indicam que o estudo mostrou que um terço dos homens não tiveram nenhuma
excitação, e perguntar por que disso não significa que um terço de homens é
realmente assexual.
Os estudo e artigo que reportou no The New York Times em 2005,[ foram
posteriormente criticados como sem nexo e bifóbico.Lynn Conway
criticou o autor do estudo, J. Michael Bailey, citando a
sua história controvertida, e indicando que o estudo não foi cientificamente
repetido e confirmado por qualquer pesquisador independente.
De modo inverso, há uma escola de pensamento
que diz que "todo mundo é bissexual." Um motivo comum de atitudes
negativas em direção a bissexualidade pode ser medo dos heteros masculinos e
heteros femininos que seus maridos/namorados e as esposas/namoradas possam divorciar
deles ou romper com eles por membros do mesmo sexo. Os mesmos medos existem
entre a pessoa gay também. Para as lésbicas ele
pode ser o medo que uma mulher bissexual abandone uma mulher por um homem; e vice-versa
com os homens gays que temem que eles sejam trocados para uma mulher. O homem heterosexual
é visto como ter uma vantagem sistêmica injusta tanto devido ao sexismo como
devido a homofobia. As pessoas bissexuais também podem ser o objetivo da
homofobia daqueles que consideram só a heterossexualidade apropriada.
Algumas lésbicas feministas radicais pensam que as
mulheres bissexuais estão indo no modo patriarcal.[carece de
fontes?] Outros dizem que
as pessoas que são contra bissexuais são inseguras sobre a sua própria
sexualidade, similarmente à homofobia. É justo observar que muitos
antibissexuais são também homofóbicos, mantendo que há somente o indivíduo
heterossexual e o homossexual como preferências sexuais, e um estereótipo comum
é que bissexuais femininos são a atenção dos indivíduos heterossexuais sendo
buscado por eles mesmo, enquanto os masculinos são homossexuais somente
abnegados com medo de reconhecer totalmente a sua orientação verdadeira.
Fonte: Wikipédia
No Brasil - Depoimentos:
Em tempos de discussão sobre orgulho gay e
orgulho hétero, 3% da população brasileira diz sofrer preconceito de ambos os
lados.
São os bissexuais --mais de 5 milhões no
país, segundo pesquisa Datafolha de 2009. Na próxima sexta, dia 23, eles vão
comemorar o Dia do Orgulho Bissexual.
Um deles é Fábio*, 17. "Sinto atração
pela beleza dos dois", diz. "As mulheres são mais meigas e suaves, já
os homens têm pegada forte, são mais rústicos."
Como ele, a estudante de ciências sociais
Maraiza Adami, 23, também é bi. Ela reclama: "Os héteros acham que ser bi
é transitório ou promíscuo. Já os gays, principalmente dentro do movimento
LGBT, acham quase uma agressão você ficar com alguém do sexo oposto."
Especialistas em sexualidade tentam entender
as razões do duplo preconceito. O psiquiatra Alexandre Saadeh, especialista em
identidade sexual do Hospital das Clínicas, lembra que é muito comum que a
bissexualidade seja vista como uma fase anterior à confirmação da
homossexualidade.
Esse mito incomoda tanto Ilana Falci, 21, de
Belo Horizonte, que ela quer editar um vídeo com vários bissexuais dando o seu
depoimento. "O bi não é uma pessoa em dúvida", diz ela. "Não
precisa decidir se gosta mais de homens ou de mulheres."
O projeto de Ilana se chama "Sou
Visível". É possível encontrar mais informação sobre ele em bisides.com.
Esse site foi criado por outra bissexual, a
estudante de secretariado executivo Daniela Furtado, 24. Um dos seus objetivos
é utilizar a página para discutir como lutar contra o que ela chama de
"bifobia".
Os participantes do site reclamam que, apesar
da sigla LGBT incluir os bissexuais, gays e lésbicas "negam lugar" a
eles no movimento. "Eles se sentem no direito de nos olhar com
desconfiança", diz um dos textos. "Então eu pergunto: o que gays e
lésbicas propõem que nós façamos quando o sexo de quem amamos é diferente do
nosso?"
Daniela já namorou tanto meninas quanto
meninos. Atualmente, está há três anos com Danilo Milhiorança, 25, que é
heterossexual.
"Ela foi muito honesta comigo e sempre
me fez sentir seguro, então está tudo certo", diz o rapaz.
Entre os bissexuais famosos, estão os
cantores David Bowie e Lady Gaga, o vocalista do Green Day, Billie Joe
Armstrong, e as atrizes Megan Fox e Angelina Jolie.
ALGO CURIOSO
Nem todo mundo, porém, é tão convicto da sua
bissexualidade quanto esses famosos. E não há nada de errado nisso, diz Maria
Helena Vilela, educadora sexual e diretora do instituto Kaplan, que faz estudos
sobre sexualidade.
Na adolescência, afirma, é comum a confusão
entre admiração e tesão. Muitos jovens, então, acabam tendo experiências com o
mesmo sexo, com amigos, por exemplo.
Mas isso não necessariamente os faz homo ou
bissexuais, já que a identidade só é completamente estabelecida na fase adulta.
"Os adolescentes têm hormônios saindo
pelos ouvidos e maior disponibilidade para o sexo, então é mais complicado
separar a curiosidade", explica Saadeh.
Lúcia*, 18, por exemplo, só transou com
garotos, mas, desde o começo do ano, tem experimentado ficar com algumas
amigas. "Nunca tinha cruzado minha mente a ideia de ficar com meninas, mas
rolou um dia e eu gostei, então estou vendo o que realmente quero", diz.
*Nomes fictícios
IURI DE CASTRO TÔRRES
FOLHA DE SÃO PAULO
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